sexta-feira, 26 de outubro de 2012

'SenHora


Diante dos meus olhos, queria poder te ver passar. Todas às vezes tomo capuchino, sentada a beira do ponto de ônibus, a música favorita, toca, uma, duas, três vezes... O relógio só me avisa que você tem ido, e meus olhos e meu rosto sentem a presença da idade, são necessidades simples mas meus olhos já não têm a mesma intensidade e nem percebo que tens andado... Eu sei... devia medir o tempo pelas pulsações do coração. Não vejo pessoas que mais amo por dias, algumas hoje nem se lembram mais do meu nome,  a distância nos perdeu. Perdi em um mundo "sen-horas", sem tempo, onde o almoço se resumia  nos casos clínicos. Sinto meus olhos caírem no fim do dia, desejando somente que você, tempo, fosse eterno. Acordo e mais um dia se vai, assim outro, meses e anos. Onde você foi parar?! Na falta de tudo aquilo que eu não tinha na minha janela...