segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Permanente'

 Mudo como as gotas, e faço delas chuva de pétalas. Faço porque faço, faço porque me é cobrado, faço por ter costume, e às vezes pelo gosto.Vejo pássaros voarem sobre mim e quererem dos meus cabelos: ninho. Meu porto seguro saiu das plantas dos pés, crio asas, vejo pessoas choramingando, tecendo, correndo contra ti, vida e morte Severina. Sei que os olhos secaram, sem tempo e força pra chorar; é como aquela que me chamou de filha. Aqueces meus lábios em frias noites, porque meu sonho é seu em todas as lua cheia. Tenho corrido, voltado, comido, sentado; lido um pouco: romances, auto-ajudas; enfim vivido. Choro de rir, soluço, as vezes compro. Ando de salto, tênis, às vezes vermelha borrada. Jujubas roxas, eu sempre joguei pra longe, bebo coca de canudo, pulo corda, ando de bicicleta com blusa de capuz cinza. Encontro comigo mesma, toda vez que me olho no espelho. Meu momento - penso no que comi, no que vivi, penso em você, sorrio pra mim: tenho paz!

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