Mudo como as gotas, e faço delas chuva de pétalas. Faço porque faço, faço porque me é cobrado, faço por ter costume, e às vezes pelo gosto.Vejo pássaros voarem sobre mim e quererem dos meus cabelos: ninho.
Meu porto seguro saiu das plantas dos pés, crio asas, vejo pessoas choramingando, tecendo, correndo contra ti, vida e morte Severina. Sei que os olhos
secaram, sem tempo e força pra chorar; é como aquela que me chamou de
filha. Aqueces meus lábios em frias noites, porque meu sonho é seu em todas as lua cheia. Tenho corrido, voltado, comido, sentado; lido um pouco: romances, auto-ajudas; enfim vivido. Choro de rir, soluço, as vezes compro.
Ando de salto, tênis, às vezes vermelha borrada. Jujubas roxas, eu sempre
joguei pra longe, bebo coca de canudo, pulo corda, ando de bicicleta com
blusa de capuz cinza. Encontro comigo mesma, toda vez que me olho no espelho. Meu
momento - penso no que comi, no que vivi, penso em você, sorrio pra
mim: tenho paz!
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